Um novo indicador mensal para locação de imóveis foi lançado pelo Instituto Brasileiro de Economia (IBRE) da FGV, o novo indicador se chama IVAR – Índice de variação de aluguéis residências, e foi criado para superar o IGP-M.
A necessidade de estabelecer um novo índice surgiu após a disparada do IPG-M, que até então era o indicador mais utilizado nos contratos de aluguel. Todavia, em meio à crise sanitária do coronavírus houve um aumento significativo no referido índice, fazendo com que o mesmo atingisse porcentagens muito acima da inflação oficial do país, medida pelo índice nacional de preços ao consumidor amplo (IPCA), calculado pelo IBGE. O IGP-M fechou o ano de 2021 com alta de 17,78%, enquanto o IPCA fechou em 10,42%.
Durante a pandemia diversos impasses foram enfrentados por inquilinos e proprietários de imóveis residências, por conta da disparada do IGP-M, assim, emergiu a necessidade do IBRE e da FGV em criarem um novo índice para locação de imóveis. Assim, criou-se o IVAR, que é voltado voltado especificamente para o mercado imobiliário e mede a evolução mensal dos valores de alugueis residências no país. Chegou com a promessa de ser o indicador mais adequado para o setor imobiliário, isto pois, não sofrerá influência dos preços de outros segmentos econômicos, tal qual ocorre com o IGP-M.
Ademais, a metodologia estatística empregada permite a mensuração robusta da variação média dos aluguéis ao longo do tempo, refletindo melhor o cenário – oferta e demanda – do mercado de locação de imóveis residenciais. O IVAR/FGV passa a integrar em janeiro de 2022 o calendário fixo de divulgação dos índices, indicadores e sondagens do FGV IBRE.
A primeira divulgação do IVAR ocorreu nesta terça (11/01/2022), em termos numéricos o IVAR desacelerou e subiu 0,66% em dezembro de 2021, ante alta de 0,79% calculada pela equipe da FGV, sendo o jornal o globo.
Importante frisar que o IVAR não captará valores de locações por temporada, apenas serão calculados os valores dos contratos novos e dos reajustados, além das características de cada imóvel.
Até o momento, ele é calculado com base em uma média ponderada de dados de aluguéis das cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Porto Alegre. A ideia é ampliar o escopo, mas ainda existem poucas informações do mercado em outras capitais.